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O transplante de
córnea é um procedimento cirúrgico de alta complexidade. Serve
para substituir um tecido doente por um outro saudável proveniente
de um doador falecido. É realizado em regime ambulatorial com
anestesia local na grande maioria dos casos. |
Não é
necessário uso de imunossupressão sistêmica como nos outros
transplantes (rim, fígado, coração), apenas o uso de colírios
imunossupressores (corticoesteróides) que não apresentam nenhum
efeito colateral em outros órgãos além do próprio olho.
As principais doenças que levam à necessidade de um transplante
de córnea são:
• Distrofia endotelial de Fuchs:
Trata-se de uma doença da camada mais interna da córnea (endotélio).
Tem caráter hereditário e é mais frequente após os 50 anos,
especialmente em mulheres. Para tratamento desta doença realiza-se
preferencialmente a técnica de transplante endotelial (DMEK)
em que apenas a parte doente da córnea é trocada. Dentre as
vantagens do DMEK estão as menores taxas de rejeição, glaucoma,
astigmatismo pós-operatório além de uma recuperação visual muito
mais rápida.
Nos casos em que o DMEK não for possível, realiza-se a técnica
DSAEK ou a técnica penetrante clássica (PK), em que todas as
camadas da córnea são trocadas.
• Ceratocone:
Realiza-se preferencialmente o transplante de córnea lamelar
anterior (DALK), em que apenas a camada mais superficial da
córnea é trocada. Dentre as vantagens desta técnica estão as
menores taxas de rejeição, glaucoma, catarata e endoftalmite.
Nos casos em que o DALK não for possível utiliza-se a técnica
penetrante clássica (PK).
• Infecções Corneanas:
Quando a córnea apresenta infecção grave que não responde ao
tratamento com colírios de antibióticos ou antifúngicos, é necessária
a substituição do tecido infectado por um outro saudável. Nestes
casos opta-se em geral pelo transplante penetrante já que todas
as camadas da córnea se encontram acometidas pela infecção. |
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